No dia 12 de setembro de 1896, em Viçosa, Alagoas, nascia Octavio Brandão. Sua rica trajetória de militante político e intelectual alternou momentos de alegrias e vitórias, com outros, onde colheu injustiça, ostracismo e incompreensão.
Queremos aqui resgatar uma das suas contribuições para as lutas do proletariado e ao desenvolvimento de uma consciência socialista no Brasil. Nos referimos a fundação do semanário "A Classe Operária", órgão oficial do PCB, cuja primeira edição foi lançada no 1º de maio de 1925 com uma tiragem de cinco mil exemplares, bastante significativa para a época.
Graças aos esforços desenvolvidos por Octavio Brandão, diretor e editor do jornal, auxiliado por Astrogildo Pereira, apoiados em dezenas de militantes operários que eram simultaneamente correspondentes e vendedores do periódico, a tiragem alcançou onze mil exemplares na sua décima edição.
O jornal chegava às maiores fábricas de tecidos do Rio de Janeiro, além de outras concentrações proletárias, como lembrou Octavio Brandão nas suas memórias: "No Rio de Janeiro, o jornal era divulgado nas fábricas de tecidos, nas empresas do bairro Real Grandeza, no Cais do Porto, entre gráficos e marceneiros, marítimos e ferroviários, motoristas e trabalhadores da Light, nos sindicatos e bairros operários." (Combates e Batalhas,p.306).
O jornal chegava às maiores fábricas de tecidos do Rio de Janeiro, além de outras concentrações proletárias, como lembrou Octavio Brandão nas suas memórias: "No Rio de Janeiro, o jornal era divulgado nas fábricas de tecidos, nas empresas do bairro Real Grandeza, no Cais do Porto, entre gráficos e marceneiros, marítimos e ferroviários, motoristas e trabalhadores da Light, nos sindicatos e bairros operários." (Combates e Batalhas,p.306).
Assim, a primeira fase de "A Classe Operária" obteve grande repercussão. Logo este sucesso despertaria a fúria repressora do governo do presidente Artur Bernardes que ordenou o fechamento da publicação e a prisão dos responsáveis. A edição de 25 de julho de 1925, n°12, foi a última desse período. A "Classe Operária" só voltaria a circular em 1928.
O CCOB tem orgulho da trajetória do seu patrono Octavio Brandão, com certeza ele não foi o "dirigente infalível", mas sem qualquer dúvida, deixou importantes contribuições na história do movimento operário brasileiro e na luta pelo socialismo.
" No final de tantos combates, vitórias e reveses, reafirmo categoricamente: a causa pela qual me bati é ideologicamente justa e moralmente nobre." (Octavio Brandão, 1970)
Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2010.
Octavio Brandão divulgando o jornal "A Classe Operária"
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