Octavio Brandão 1977

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Cineclube CCOB

No próximo sábado, 19 de outubro, 16 horas, venha assistir e depois participar do bate-papo sobre o filme "Outubro" no Cineclube do Centro Cultural Octavio Brandão



Filme russo, mudo, de 1927, em preto e branco, dirigido por Serguei Eisenstein e Grigori Aleksandrev. “Outubro” é, até hoje, considerado um dos clássicos da história do cinema mundial, um épico histórico. Foi feito como uma celebração dos dez anos da Revolução de Outubro Russa, a primeira revolução socialista vitoriosa da humanidade.

O filme mostra a Revolução de Fevereiro, com a queda do czarismo; o período de fome durante o governo provisório; o retorno de Lenin do exílio, em abril de 1917; as Jornadas de Junho, violentamente reprimidas pelo governo provisório de Alexander Kerensky e a tentativa de golpe militar do general Kornilov.

Em seguida, “Outubro” mostra que frente às vacilações do governo de Kerensky e dos mencheviques com os golpistas de direita, os bolcheviques, organizaram minuciosamente (apoiados nos conselhos operários) a derrubada do governo e a tomada do Palácio do Inverno, que simbolizava o poder, em outubro de 1917, reproduzida pelo filme, uma cena antológica do mesmo.


A tomada do Palácio de Inverno, cenas do filme Outubro.


Registre-se que “Outubro” foi lançado durante o processo em que Stalin, Molotov e Bukharin isolaram a Oposição Unificada (que tinha os revolucionários históricos como Leon Trotsky, Zinoviev, Kamenev, Antonov Ovseenko, Rakovsky etc) dentro do PCUS. Por isso, a montagem de Eisenstein do filme foi desaprovada: as autoridades reclamaram que “Outubro” era ininteligível para as massas (o nefasto “realismo socialista”) e Eisenstein foi atacado pelos burocratas stalinistas. O cineasta também foi chamado para reeditar o trabalho a fim de tirar as referências a Leon Trotsky, que tinha recentemente sido expurgado por Josef Stalin.

Ficha Técnica

Direção: Grigori Aleksandrov e Sergei Eisenstein; Roteiro: Grigori Aleksandrov e Sergei Eisenstein; Elenco: Vladimir Popov; Vasili Nikandrov e LayaschenkoSovkino (URSS).

Duração: 102 minutos.

Lançamento: 20 de janeiro de 1928.

Endereço: Rua Miguel Ângelo, 120, entrada pela portão da rua Francisco Neiva nº 37 - Próximo da Estação Maria da Graça do Metrô Linha 2.



quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Lançamento do livro "Julião e outros heróis"

CICLO DE PALESTRAS 2024

Dia 05/10, sábado, às 16:00 horas.

Lançamento do livro "Julião e Outros heróis: "História" e histórias da epopeia da Convergência Socialista e de uma Revolução que ainda não aconteceu" (memórias de um trotskista) - Volume I, do militante socialista, sindicalista, escritor e historiador Alexander Brasil Ceci.


O primeiro volume do livro aborda o período de 1970 a julho de 1989, desde a Liga Operária até a Convergência Socialista. O segundo volume cobrirá o período de julho de 1989 a julho de 1994.


Endereço: Rua Miguel Ângelo, 120, entrada pela portão da rua Francisco Neiva nº 37 - Próximo da Estação Maria da Graça do Metrô Linha 2.

sábado, 14 de setembro de 2024

Vinte e um anos do Centro Cultural Octávio Brandão

O Centro Cultural Octavio Brandão faz aniversário em setembro e convida seus associados e amigos para a comemoração especial no próximo sábado, 21/09, a partir das 16 hs.

Programação:

1 - Entrega da medalha do CCOB para um grande lutador da classe operária, o gráfico José Carlos Cuíca.

Oposição dos gráficos (1985), Cuíca, o quarto da esquerda para a direita.



José Carlos Cuíca foi um dos dirigentes da greve dos gráficos, em 1987, greve que enfrentou os patrões e os pelegos do sindicato. Disputou, novamente, o sindicato, em 1988, não conseguindo sucesso. Participou também dos piquetes na Greve Geral de 14 e 15 de março de 1989.
Abaixo Cuíca nos fala um pouco da sua história:
No início dos anos 80, havia muitos movimentos sociais e populares pelo Brasil e no Rio de Janeiro não era diferente, principalmente na Cinelândia, centro da cidade. Durante a noite, trabalhadores, músicos, artistas e ativistas de todas as áreas se reuniam para trocar ideias e se organizarem. Em um desses encontros fui apresentado ao companheiro Edilberto, gráfico e militante do PT. Nessa época eu era funcionário da empresa gráfica, ATT Mayar, fotolito que vinha atrasando o salário durante meses, foi quando eu e o companheiro Paulo Ney organizamos uma Greve, que sem o apoio do sindicato pelego, não durou dois dias. Nesse período, o companheiro, Edilberto veio com uma proposta de se formar uma chapa de oposição no sindicato! Mas, perdemos, porque  a maioria dos trabalhadores mais conscientes não eram sindicalizados. Nesse mesmo ano, ingressei na Convergência Socialista e com ajuda da CS organizamos a greve da revista Manchete. Essa sim, foi vitoriosa! A partir dai vieram também duas greves gerais e outros movimentos dos quais participei até hoje. Durante toda essa trajetória trabalhei em várias empresas gráficas: Rio Gráfica fotolito; Reprolito Indústria Gráfica LATT Mayer;  Fotolito Ponto Traço; Fotolito Master Collor; Fotolito Novo Rio; Jornal O Povo; Jornal dos Sports. Hoje trabalho no SINDSPREV.

2 - Lançamento do jornal cultural Transversus e do seu encarte Correspondência Socialista, número 40, dedicado exclusivamente à história dos 21 anos do CCOB.


3 - Show do cantor e músico Cayê Milfon.



4 - Confraternização dos aniversariantes do mês: bolo do parabéns, caldo de ervilha e salgadinhos. (bebidas serão vendidas na cantina do CCOB)


Endereço: Rua Miguel Ângelo, 120, entrada pela portão da rua Francisco Neiva nº 37 - Próximo da Estação Maria da Graça do Metrô Linha 2.