Octavio Brandão 1977

sexta-feira, 20 de maio de 2011

CINECLUBE CCOB

CINECLUBE DO CCOB APRESENTA
NESTE SÁBADO, 21/05, ÀS 16 HORAS.


FAHRENHEIT 451


A obra-prima literária de Ray Bradbury sobre um futuro sem livros ganha assustadora
 dimensão realística neste clássico filme dirigido por François Truffaut, um dos grandes inovadores do cinema de todos os tempos. Montag (Oskar Werner) é um bombeiro
 designado para queimar livros proibidos até conhecer uma revolucionária professora que se atreve em lê-los. De repente ele se vê como um fugitivo caçado, forçado a
 escolher não apenas entre duas mulheres, mas entre sua segurança pessoal e a liberdade intelectual. Primeira produção de Truffaut em língua inglesa, o filme é uma
 fábula extraordinária em que a própria raça humana se transforma no terror mais assustador.

Direção: François Truffaut - Elenco: Cyril Cusack, Anton Diffring, Jeremy Spenser, Alex Scott

Produção inglesa, ano de 1966. Duração: 111 minutos


CCOB: Rua Miguel Ângelo, 120, próximo ao Metrô de Maria da Graça

sábado, 9 de abril de 2011

         
Octavio Brandão, uma vida dedicada a luta pelo socialismo. 

Hoje, passados 114 anos, lembramos o aniversário do nosso patrono Octavio Brandão, nascido a 12 de setembro de 1896 em Viçosa, Alagoas. Sua rica trajetória, de militante e intelectual, alternou momentos de alegrias e vitórias, com passagens onde vivenciou as injustiças, o ostracismo e a incompreensão.
Queremos aqui resgatar uma de suas contribuições para as lutas do proletariado e ao desenvolvimento de uma consciência socialista no Brasil. Nos referimos a fundação do jornal semanário "A Classe Operária", órgão oficial do PCB, cuja primeira edição foi preparada para o 1º de maio de 1925, com tiragem de cinco mil exemplares, já bastante significativa para a época.
Graças aos esforços de Brandão, que era seu diretor, auxiliado por Astrogildo Pereira, ambos acompanhados dos seus abnegados colaboradores, os militantes operários que funcionavam como correspondentes e também garantiam a distribuição do periódico, a tiragem alcançaria na sua décima edição um total de 11 mil exemplares.
O jornal chegava nas maiores fábricas de tecidos do Rio de Janeiro, além de outras concentrações proletárias, como lembrou Octavio Brandão nas suas memórias, " No Rio de Janeiro, o jornal era divulgado nas fábricas de tecidos, nas empresas do bairro Real Grandeza, no Cais do Porto, entre gráficos e marceneiros, marítimos e ferroviários, motoristas e trabalhadores da Light, nos sindicatos e bairros operários." (Combates e Batalhas,p.306).
Assim a primeira fase de "A Classe Operária" obteve grande repercussão, logo este sucesso despertaria a fúria repressora do governo do presidente Artur Bernardes, que ordenou o fechamento da publicação e a prisão dos responsáveis. O jornal de 25 de julho de 1925, n° 12, foi a última edição antes do seu fechamento. A "Classe Operária" só voltaria a circular em 1928.
Nós, do CCOB, temos orgulho da trajetória de Octavio Brandão, ele, com certeza não foi o "dirigente infalível", mas efetivamente, deixou importante contribuição na história do movimento operário brasileiro e da luta pelo socialismo.

" No final de tantos combates, vitórias e reveses, reafirmo categoricamente: a causa pela qual me bati é ideologicamente justa e moralmente nobre." (Octavio Brandão, 1970)


Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2010.


    Octavio Brandão divulgando o jornal "A Classe Operária"