Octavio Brandão 1977

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Ciclo de Palestras 2025

Quilombo do Alto da Serra do Mar

Luta pela terra, antirracismo e agroecologia.

Moradores no Quilombo do Alto da Serra do Mar.

Dia  06/09, sábado, às 15:30 h.

Palestrante: Carlos Moisés Silva de Mattos, Engenheiro (Univassouras), Pós-graduado em Desenvolvimento Regional e Sustentabilidade pelo IFRJ. 

"A situação do Quilombo do Alto da Serra do Mar que, há mais de duas décadas luta pela titulação de suas terras está registrada no Mapa de Conflito e Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil elaborado pela Fiocruz https://mapadeconflitos.ensp.fiocruz.br/, dando visibilidade a situação racismo e de injustiça ambiental nos diversos episódios de ameaças e violências sofridas por esta comunidade desde a sua formação, seja durante o duro período de exploração do carvão vegetal (1950) que impuseram condições degradantes, “análogas à escravidão” aos primeiros moradores desse território, hoje anciões da comunidade, seja durante os conflitos agrários e a tentativa de expulsão de suas terras durante os anos de 2002 e intensa batalha pela titulação dessas terras iniciada nos anos de 2003.

Neste sentido, é possível caracterizar que a situação vivenciada por esta comunidade quilombola, enquadra-se dentro do conceito do Racismo Ambiental, entretanto, compreende-se também, que a história dessa comunidade, como parte da história do negro no Brasil, apresenta as características fundamentais do racismo estrutural, herança do brutal regime escravocrata que existiu neste país. A superação integral do racismo estrutural com suas diversas manifestações e, a construção da verdadeira democracia racial não ocorrerá sem a eliminação da sociedade de classes no Brasil. Este é, sem dúvida, um grande desafio que está colocado para os movimentos populares e para a luta antirracista em nosso país." (Carlos Moisés Silva de Mattos, Etnografia das práticas Agrícolas, Agroecológicas e Socioculturais na Comunidade do Quilombo Alto da Serra.)


O Quilombo Alto da Serra do Mar, localizado em Lídice, um dos distritos do município de Rio Claro, situado no Médio Paraíba, estado do Rio de Janeiro, foi formado na década de 1950 pelas famílias Leite e Antero. Ambas trabalharam, primeiramente, nas fazendas de café e posteriormente na produção de carvão em sistema de escravidão por dívida – a mão de obra era trocada por mantimentos vendidos pelos próprios proprietários das carvoarias por um valor que os trabalhadores não conseguiam pagar e, por isso, eram obrigados a trabalhar mais.

A comunidade é composta por, aproximadamente, 200 pessoas, sendo o patriarca o Sr. Benedito Leite, de 70 anos, que chegou à região, juntamente com sua família, aos seis anos de idade e lá trabalhou como carvoeiro.

Atualmente, a principal atividade produtiva dos quilombolas é a agricultura, mas também criam tilápias, galinhas, patos e algumas mulheres produzem doces, queijos, pães e biscoitos – produtos que são comercializados nas feiras em Lídice e Angra dos Reis.


CCOB: Rua Francisco Neiva 37, esquina com rua Domingos de Magalhães, Maria da Graça, próximo da estação do Metrô.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Cineclube CCOB

No próximo sábado, 16 de agosto, 15:30 horas, venha assistir e depois participar do bate-papo sobre o filme "Sem Chão" no Cineclube do Centro Cultural Octavio Brandão.



SINOPSE

Basel Adra é um jovem ativista palestino de Masafer Yatta que luta desde a infância contra a expulsão em massa da sua comunidade pela ocupação israelense. Basel documenta o apagamento gradual do local, ao mesmo tempo em que os soldados destroem casas de famílias, no maior ato de transferência forçada já realizado na Cisjordânia ocupada. O caminho de Basel se cruza com o de Yuval, um jornalista israelense que se junta à sua causa, e, no decorrer de metade de uma década, eles lutam contra a expulsão enquanto se aproximam. Esse vínculo complexo é assombrado pela extrema desigualdade entre os dois: Basel vive sob uma brutal ocupação militar, e Yuval vive livre e sem restrições. O filme foi realizado por um coletivo palestino-israelense de quatro ativistas, criado durante os tempos mais sombrios e aterrorizantes da região.

Vencedor do prêmio de melhor documentário e do prêmio do público da seção Panorama Documentário no Festival de Berlim. Também venceu o prêmio do público no CPH:DOX, no Visions du Réel e no IndieLisboa.


CCOB: Rua Francisco Neiva 37, esquina com rua Domingos de Magalhães, Maria da Graça, próximo da estação do Metrô.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Festa Julina no CCOB

Promoção do Centro Socialista dos Trabalhadores do Judiciário (CESTRAJU) e do Centro Cultural Octavio Brandão (CCOB)

DIA 26/07 (SÁBADO 16:00)



Dia 26 de julho, último sábado do mês, a partir das 16:00, acontece a sensacional festa julina do Centro Socialista dos Trabalhadores do Judiciário (CESTRAJU) e do Centro Cultural Octávio Brandão. Vai ter comida típica, cerveja e refrigerantes gelados, bebida quente, forró Pé de Serra, bingo com três prendas (cartela a R$ 15,00), quadrilha (opa, não é a do Bolsonaro!) e muita alegria. Venha com os trajes típicos.

CCOB: Rua Francisco Neiva 37, esquina com rua Domingos de Magalhães, Maria da Graça, próximo da estação do Metrô.